

As 40 imagens dos profissionais Alessandra Serrão, Fernando Sette, Oswaldo Forte e Tássia Barros, estão em exposição no museu que segue com a programação aberta ao público de terça a sexta-feira, das 9h às 17h, até o dia 30 de novembro.
“Bem mais que o registro do dia-a-dia que estes profissionais se dedicam a fazer no exercício da sua profissão, a gente viabilizou esta exposição para mostrar o olhar de cada um, em um momento tão especial como é o Círio”, afirmou a Coordenadora de Comunicação da Prefeitura de Belém, Fabiana Cabral.
Um dos fatos marcantes desta exposição foi a solicitação da coordenação do Mabe, para somar as fotos, ao acervo do museu, que é composto por grandes obras, de diferentes artistas. “Para mim é uma verdadeira honra, porque sou apaixonado por esse museu, pelo Palácio e pelo Círio. E, expor minhas imagens neste local já foi um privilégio importantíssimo”, declarou Oswaldo Forte, que há três décadas registra a festividade.
E para a fotógrafa Alessandra Serrão, o sentimento foi o mesmo, porém, com um “plus” a mais. “Em dez anos de carreira, esta foi a primeira vez que tive a oportunidade de expor meu trabalho, e, sendo no Museu de Belém, é a realização de um sonho”, comenta.
Expressões – O Círio de Nazaré, festejado sempre no segundo domingo do mês de outubro, é considerada a maior festa religiosa do país, que reúne milhares de pessoas nas ruas do centro de Belém, para acompanhar a procissão. O “mar de gente” como é popularmente chamado este momento, ganhou o olhar especial, de diferentes ângulos e diferentes momentos, destes fotógrafos da Comus. São cores, expressões, momentos, todos cuidadosamente fotografados e eternizados por meio de uma lente.
Mas, se o Círio é registrado por tantos, como capturar momentos tão especiais, mesmo que singulares, diferentes? Tássia explicou que o sentimento que cada um sente na hora do click, é o que faz a diferença. “A gente transmite o que sente e captura aquilo. Minha foto mais especial desta exposição é justamente o esforço e sofrimento de um rapaz no meio da multidão que seguia na corda. Eu me vi nele. Aguardei o momento certo e fotografei”, revelou.
Sette também coleciona momentos especiais, também registrado e exposto na mostra. “Uma máquina que havia dado defeito, não pegava o foco de verdade, quando a imagem da Santa veio, durante a procissão da trasladação, eu comecei a registrar por tentativa, depois conferi o que tinha feito e todas as fotos ficaram perfeitas. Desde lá a máquina funcionou, como um verdadeiro milagre do Círio”.
O Prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, prestigiou a abertura da exposição, e se disse encantado com as imagens. “Não é surpresa que vocês tenham fotos espetaculares, mas a ideia de expô-las no museu nos permitiu valorizar profissionais que estão conosco no dia a dia, e, às vezes, acaba não registrando na história. Acho que fica também o estímulo para outros projetos surgirem. Precisamos pegar os talentos da nossa cidade, como vocês, para criar projetos assim, independente da fotografia”.
Para a arquiteta Ana Isabel Santos, 27 anos, a exposição é uma valorização da cultura local e mais uma grande oportunidade para visitar com os parentes que estão vindo para o Círio. “Sem dúvida será um local para entrar no roteiro de visitas da família, porque esses fotógrafos fizeram registros maravilhosos e conseguiram mostrar o que é a nossa festividade. Fiquei encantada, eles estão de parabéns”, concluiu a jovem.