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Obras no palácio Antônio Lemos começam pela rede elétrica

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Os trabalhadores da primeira etapa da obra de restauro do palácio Antônio Lemos participaram de uma palestra, na terça-feira, dia 8, que alertou sobre o trabalho em um ambiente que abriga um patrimônio histórico de Belém. Os serviços se iniciaram pelas obras de engenharia e arquitetura para instalação do sistema elétrico do prédio, que devem durar em torno de seis meses.

A iniciativa da palestra partiu da equipe interdisciplinar, composta por integrantes da Secretaria Municipal de Urbanismo (Seurb), Fundação Cultural do Município de Belém (Fumbel) e Museu de Arte de Belém (Mabe), para conscientizar os trabalhadores dos cuidados que eles precisam ter no espaço onde vão atuar.

“Os funcionários precisam ter noção deste local que abriga bens públicos e patrimônios históricos em forma de diversos objetos como quadros, mobiliário, lustres, peças decorativas, e ter a consciência de que isso também é parte da sua própria história. Então, o cuidado deve ser redobrado”, alertou Débora Rodrigues, arquiteta da Seurb, responsável pela obra.

Valor histórico – Para a diretora do Departamento de Patrimônio Histórico da Fumbel, Tainá Arruda, os funcionários também precisam saber o valor histórico e a importância da obra em um patrimônio histórico da cidade. “Esse espaço carrega a memória de vários períodos da história de Belém e por isso deve ser bem conservado e restaurado com todo cuidado. Quem trabalhar na obra deve ter a consciência dessa importância”, ressaltou Tainá.

As principais orientações sobre os perigos e riscos para o prédio e seus objetos foram com relação a fogo, água, luz artificial, temperatura, roubos, umidade, força física e insetos. “A simples queda de uma ferramenta do trabalhador em cima do forro do prédio, onde eles vão atuar mais, pode causar um dano irreparável”, afirmou Tainá.

A diretora do Museu de Arte de Belém, Janice Lima, chamou atenção para o fato de o palácio Antônio Lemos também abrigar o único museu de arte de Belém. “Qualquer obra no prédio também afeta o Museu de Arte de Belém, que guarda um acervo de bens e documentos de toda uma história. Aqui estão guardadas pinturas de Antônio Parreiras, Domênico de Angelis, Theodoro Braga e outras obras que não podem mais ser substituídas”, afirmou a diretora.

Particularidade – O engenheiro da empresa que executará a obra, Benito Costa, acredita na necessidade das orientações devido à particularidade da obra. “É muito importante ter esse entendimento para termos o devido cuidado em um tipo de local de trabalho, que é completamente diferente do que estamos acostumados. Aqui precisaremos de mais cuidado, porque cada peça aqui tem valor único”, destacou Benito.

Representantes da Guarda Municipal de Belém (GMB) também participaram da palestra, isso porque, um efetivo de 20 agentes atua na segurança do prédio. 

Obra – A obra no prédio do palácio Antônio Lemos consiste na instalação completa de cabeamento, fiação, transformador, sistema de fornecimento, tomadas e infraestrutura para receber a rede lógica e a climatização. Além disso, será implantado também um Sistema de Proteção de Descarga Atmosférica (SPDA), que protege contra, por exemplo, descargas de raios, ampliando a proteção contra incêndios. 

“Esse cuidado inicial com a rede elétrica do prédio foi priorizado por questão de segurança, para que a obra de restauro possa ser viabilizada futuramente”, frisou a arquiteta Débora Rodrigues.

Texto:

Jaqueline Ferreira