O Palácio
Localizado no centro histórico da capital do Estado do Pará, tombado em 1942 pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional –IPHAN, nas esferas federal, estadual e municipal, foi construído para abrigar o Paço Municipal e inaugurado, antes de sua conclusão total, em 15 de agosto de 1883, após 20 anos do início de sua edificação. Possui arquitetura denominada de estilo imperial brasileiro, um neoclássico tardio, com colunas toscanas, triângulos e simetria na fachada, ostentando em seu frontão três estátuas de Deuses do Olimpo que carregam simbologias peculiares, Deusa Minerva (Atena), Deus Hermes (Mercúrio) e Deus Héfesto (Vulcano). No interior, estão as escadarias neogregas em mármore de lioz, dois pátios e os grandes salões. São notórios também, os pisos em mosaico ornamentados no térreo, os tetos com estuques de alegorias elaboradas, os lustres de procedência europeia, a sala com revestimento em ferro prensado e pintado, elementos decorativos característicos de um período do fausto do apogeu da borracha. O Palácio recebeu o nome Antonio Lemos, no ano de 1950, em homenagem ao Intendente de Belém do período 1897/1911, que em sua administração promoveu grande reforma no Palácio, visando recuperar a espacialidade original. Sendo Lemos, um dos principais protagonistas do processo de reurbanização e modernização da cidade de Belém.
Ao longo de sua história, o Palácio Antonio Lemos abrigou o Tribunal de Relação, a Junta Comercial, o Conselho Municipal e a Câmara de Deputados e passou por diversas reformas e adaptações, algumas, inclusive, sem nenhum critério. Alcançou os anos 90 bastante descaracterizado e em precárias condições, levando a Prefeitura de Belém a restaurá-lo, com o apoio da Fundação Banco do Brasil, tomando como base a restauração em suas linhas originais, a partir do projeto de 1860, de autoria de José Coelho da Gama Abreu, o Barão de Marajó. Entregue em janeiro de 1994, sedia o Museu de Arte de Belém (MABE) e o poder municipal.